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Dalai-lama é o chefe de estado, líder espiritual do Tibete. É o título de uma linhagem de líderes religiosos da escola Gelug do budismo tibetano. Em se tratando de um monge e lama, é reconhecido por todas as escolas do budismo tibetano. Os dalai-lamas foram os líderes políticos do Tibete entre os século XVII até 1959, residindo em Lhasa. O atual dalai-lama, Sua Santidade Tenzin Gyatso (forma encurtada de Jetsun Jamphel Ngawang Lobsang Yeshe Tenzin Gyatso), é o líder oficial do governo tibetano no exílio ou Administração Central Tibetana. Em 2011, demonstrou interesse em renunciar a liderança do governo tibetano porém seus ministros negaram sua demissão alegando não ter alguém digno de o substituir.
Dalai, em mongol, significa 'oceano', e lama é a palavra tibetana para 'mestre', 'guru', e várias vezes referido como "Oceano de Sabedoria", um título dado pelo regime mongoliano a Altan Khan (1507–1582) e agora aplicado a cada encarnação da sua linhagem. Os dalai-lamas são mostrados como sendo a manifestação de Avalokiteshvara, o Bodhisattva da compaixão, cujo nome, em tibetano, é Chenrezig. Após a morte de um dalai-lama, é iniciada uma pesquisa pelos seus discípulos para descobrir o seu renascimento ou tulku.
Lama é um termo geral aplicado aos mestres budistas tibetanos. O atual dalai-lama é muitas vezes chamado de "Sua Santidade" por ocidentais, embora este pronome de tratamento não exista na língua tibetana — não se tratando, portanto, de uma tradução. Tibetanos podem referir-se a ele usando epítetos tais como Gyawa Rinpoche, que significa "grande protetor", ou Yeshe Norbu, a "grande joia".
Acredita-se que os dalai-lamas sejam a reencarnação de uma longa linhagem de tulkus que optaram pela reencarnação, a fim de esclarecer a humanidade. O dalai-lama é muitas vezes considerado o chefe da Escola Gelug, mas essa posição pertence, oficialmente, ao Ganden Tripa, que é uma autoridade temporária nomeada pelo dalai-lama, o qual, na prática, exerce maior influência. Pode-se considerar que Sua Santidade é o "rei" do Tibete — um Estado governado por líderes religiosos que, no Ocidente, são chamados de teocratas, termo que não é exato, já que, no budismo, não existe a figura de qualquer deus criador.